segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A cobrança de impostos a nível europeu, e a economia nacional

Como se sabe, a Comissão Europeia sempre quis ter o poder de cobrar impostos de maneira directa, sem passar pelos Estados Membros, alegando que, assim, os Estados Membros não teriam de se preocupar em financiar a UE.

O problema para os governos dos Estados Membros, é que, sem o argumento do financiamento da UE, eles perdem influência em Bruxelas.

É isso que Merkel não quer (perder o controlo que tem sobre a Comissão).

Não podendo invocar isso, teve que vir com o pretexto de tal medida não estar incluída no programa do governo alemão.

Isto também denota o pensamento alemão: 1º, nós, depois o resto.

Mais pormenores em:

http://economia.publico.pt/Noticia/ue-alemanha-rejeita-cobranca-de-impostos-a-nivel-europeu_1450603

No entanto, não estou a ver como é que a UE iria ter êxito onde muitos Estados Membros falham.

Tal coisa obrigaria a multiplicar por "n" a máquina europeia, actualmente caracterizada como muito burocrática. Se já é considerada burocrática, imagine-se com os poderes fiscais que a Comissão quer obter ...

Veja-se o caso nacional, que não é virgem na UE:

http://economia.publico.pt/Noticia/mais-de-um-terco-das-empresas-declaram-prejuizos_1450540

No entanto, tenho dúvidas que a grande parte do que é relatado nesta notícia seja devido à evasão e à fraude fiscal.

Acho que tem mais a ver com o que vem relatado na notícia no link abaixo estas linhas. É que os portugueses têm o maldito hábito de comprar produtos estrangeiros mesmo quando os nacionais até são mais baratos, o que redunda no agravar do défice da balança comercial.

Mais pormenores em:

http://economia.publico.pt/Noticia/defice-da-balanca-comercial-agravouse-no-segundo-trimestre_1450588

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