sábado, 28 de junho de 2008

Violência nos tribunais

Estou para escrever sobre um assunto como este desde já à algum tempo.

Ultimamente, tem-se registado alguns casos de violência dentro das salas de audiências dos tribunais. Para mim, só é surpreendente ser só agora, pois, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer.

É que as salas de audiências dos tribunais não oferecem a menor segurança para quem lá está. Para passar da assistência para a zona onde estão os juízes, na grande maioria dos casos, só há que saltar 2 cercas. Pior ainda estão os advogados e o ministério publico, pois estão mais perto da assistência. Mas isto é quando o "ataque" parte da assistência, pois este "ataque" é mais facil de fazer da parte do arguido, muito embora este, à partida, foi revistado, o que não acontece, na maioria das vezes, com o pessoal que vai para a assistência.

Custaria muito que, nomeadamente nos casos de julgamentos penais (que podem levar a penas de prisão efectiva), o publico seja sujeito a ser revistado à entrada? Penso que não! Para além disso, os obstáculos entre a assistência e a restante área da sala de audiências deveria ser mais efectiva do que é.

Mas isto é apenas dentro da sala de audiências. Quando estes "desiquilibrados" se lembrarem de atacar os outros nas zonas dentro dos palácios de justiça, mas fora das salas de audiência, aí terão muitas mais hipóteses de magoar. Aí, a segurança é nula. Basta ver a facilidade com que se entra num palácio de justiça. Ninguém pergunta nada, pode-se entrar em todo o lado, até mesmo no escritório do juiz e do delegado do ministério publico.

Até à abertura das nossas fronteiras (Schengen), fomos um país de "brandos costumes". Mas já não somos mais, e isso já vai à mais de 10 anos. No entanto, os governos ainda continuam a actuar dessa maneira, pois não querem enfrentar a realidade. Mas parece que esta realidade quer ir de encontro aos nossos governantes. De resto, como interpretar os tiros ao Portimão Arena dados ontem, 20 minutos depois do nosso PM ter saído de lá?

Será preciso um 2º atentado a um PM em funções para que os governos olhem para a violência na sociedade com olhos de ver? No 1º, não se fez nada (deixou-se morrer o Sá Carneiro, para fazer uma investigação no mínimo incompetente).

Que será dum país onde as autoridades policiais não se conseguem impor? Não nos podemos desligar dos problemas que a polícia enfrenta, da falta de meios da polícia e das autoridades judiciais, etc ...

No fim, uma resposta a uma pergunta que tinha colocado aqui à uns tempos: Foi giro ver a "unity" entre Obama e Hillary Clinton, depois de terem andado a falar mal um do outro em publico durante as ultimas eleições primárias do Partido Democrata Norte-Americano. Afinal, até são amigos! O que faz o "cheiro de poder"!

IR-ON-IAS

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