sexta-feira, 4 de julho de 2008

A nossa política de asilo

Não costumo apresentar 2 posts no mesmo. De facto, até já passei alguns dias sem por aqui nenhum post.

No entanto, não posso deixar de estar estupefacto com o facto de Jean-Pierre Bemba ter estado entre nos, especialmente no Algarve, durante mais de 1 ano, até ao passado dia 24 de Maio.

Esta personagem encontrava-se acusado de "crimes contra a humanidade", pelo Tribunal Penal Internacional sediado na capital dos Países Baixos (Haia), por ter ordenado cinco crimes de guerra e três crimes contra a humanidade cometidos pelo Movimento de Libertação do Congo comandado por Jean-Pierre Bemba, quando este movimento, derrotado pelo exército regular (se assim se pode dizer) da Républica Democrática do Congo (ex-Zaire - onde já tinha feito 'merda', mas sem provas), se refugiou na vizinha República Centro-Africana, onde começou a cometer massacres, e a tentar derrubar o poder instituído nesse país.

As autoridades portuguesas, mais uma vez, deixam entrar um carniceiro, do tipo Idi Amin Dada (Uganda) ou Jean-Bédel Bokassa (Republica Centro Africana - muito curioso), pelas nossas fronteiras dentro, como já tinha acontecido com João Bernardino (Nino) Vieira (Guiné Bissau). No entanto, desta vez, pelo menos formalmente, é mais grave, pois Nino não tinha emitido contra ele nenhum mandato internacional de captura. Se o Mobuti Sese-Sekou (o antigo ditador do Zaire) tivesse escolhido o nosso país em vez da Cote de Azur francesa, nenhuma autoridade portuguesa iria lá chateá-lo.

É este o país que foi o primeiro a acabar com a pena de morte? E com a escravatura? Parece-me que as autoridades nacionais, nestes nossos tempos, estão piores do que há séculos!

IR-ON-IAS

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