quarta-feira, 30 de julho de 2008

As nossas fábricas de biodiesel

Há tempos, li que as fábricas de biodiesel portuguesas estão paradas.


Isto é extremamente grave para o nosso país, por várias razões.


1 delas é que, nestas fábricas, foram investidos mais de 700 milhões de euros (mais de 3,5 milhões de contos, em moeda antiga), que, até agora, foram deitados ao lixo. E isso não é nada bom para um país que quer ganhar a confiança dos empresários e dos investidores.


A mais importante, para mim, é que estamos a deitar ao lixo uma das melhores maneiras de nos tornarmos independentes na produção de energia, não dependendo do combustível fóssil derivado do petróleo que temos de importar. É que o que temos de pagar em importações de petróleo custa muito mais que estes 700 milhões de euros.


Segundo o que li, a grande culpa disto tudo é da recente alta dos preços dos cereais, que tornaram pouco atraente a aquisição de biodiesel pelas companhias de distribuição de produtos energéticos, deixando estas fábricas a laborar a pouco mais do que 60% da sua capacidade.


Ao assistir a isto, e, ao mesmo tempo, ver muitos dos nossos campos agrícolas ao abandono, e, para além disso, muita gente desempregada, porque não pegar nesses desempregados, e pô-los a cultivar cereais para produção de biodiesel nos campos abandonados, vendendo esses cereais aos elevados preços que têm estado? Não se realiza um bom lucro com isso? E, ainda por cima, cultivando campos incultos?


Muitos dirão que só existem obstáculos: Os desempregados não querem trabalhos braçais, os proprietários das terras vão querer mundos e fundos para que se possam trabalhar nelas, etc ...


No entanto, é uma questão de tomar medidas. Ser corajoso nessas medidas, ou não.


Para quem não quer fazer nada, tudo são obstáculos intransponíveis.


No entanto, se não aproveitarmos as oportunidades, outros aproveitam por nós, e nós ficamos a ver passar os comboios.

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